A Tabela ESPÉCIES

A FishBase contém todos os peixes importantes

A tabela ESPÉCIES é a coluna vertebral da FishBase, e tem como base os nomes científicos. Todo o bit de informação da FishBase está ligado, directa ou indirectamente, a pelo menos uma espécie e é através desta tabela que se acede a toda a informação.

Actualmente a tabela ESPÉCIES contém mais de 23.000 das 25.000 espécies de peixes conhecidas. Contudo, já inclui todas as espécies consideradas importantes quer seja na alimentação, na aquariofilia, no desporto ou como isco para a pesca, as que são perigosas para o homem e até as que se encontram ameaçadas de extinção.

Fontes

A informação contida nesta tabela deriva de mais de 3.000 referências, tais como as do Catálogodas Espécies da FAO (p.ex., Carpenter & Allen, 1989), as das Séries dos Peixes do Indo-Pacífico (p.ex., Woodland 1990), e de outras revisões taxonómicas (p.ex., Pietsch & Grobecker 1987) bem como as das Listas Faunísticas de por exemplo, Daget et al. (1984, 1990), Myers (1991), Shao et al. (1992), Robins et al. (1991) e Talwar & Jhingran (1992). Encontrará uma discussão das dificuldades relacionadas com o uso de fontes de informação secundárias no capítulo da tabela de SINÓNIMOS, e na secção "Kent Carpenter", no capítulo "Como nasceu a FishBase".

A tabela ESPÉCIES apresenta o nome científico válido, o seu autor e a família, ordem e classe a que pertence. Quando existe é dado também o seu nome comum em inglês. A informação adicional diz respeito à idade e tamanho máximos, habitat, usos e particularidades biológicas. São dadas as respectivas referências.

Pelo simples premir dum botão pode ter acesso a informação adicional, como por exemplo, à imagem do peixe, o seu mapa de distribuição, taxa superior, sinónimo, nomes comuns, parâmetros ecológicos, todas as referências usadas, contribuições de colegas ou informação verificada, etc.

Campos

Nome científico: Consiste no nome genérico válido de Eschmeyer (1998). Ver a tabela GENERA para mais informação sobre o género. Também pode consistir no epíteto específico ou subespecífico válido que conjuntamente com o nome do género formam o nome científico. Sempre que um nome subespecífico é digitado, o nome específico é também alterado para subespécie, isto é, se digitar Salmo trutta fario, o nome Salmo trutta muda para Salmo trutta trutta (Veja a tabela STOCKS para mais informação sobre este tópico).

Clicar duas vezes no campo do nome científico permite consultar a "Tabela PISCES de Eschmeyer".

Caixa 4. Não acreditamos em códigos.

Tem sido sugerido frequentemente que deveriamos utilizar a FishBase para introduzir um sistema global de códigos únicos para peixes ósseos. Estes sistemas de códigos são muito populares entre analistas de sistemas, uma vez que se adptam bem a linguagens de programação como FORTRAN ou C++ e a sistemas operativos como o Unix. Os códigos têm as seguintes vantagens:

  • menor tamanho que os nomes científicos;

  • menor ocupação de espaço, acesso mais rápido, entrada mais rápida;

  • melhor agrupamento, por ex., ao nível da família; e

  • maior estabilidade do que com os nomes científicos..

Contudo, nenhuma destas vantagens venceu o teste do tempo. Os sistemas de código que começaram com 3-5 dígitos cresceram para 8-12 dígitos. Um sistema numérico para todos os taxa necessitaria de 40 ou mais dígitos (Pinborg & Paule 1990). Com o aparecimento de computadores mais rápidos, com maior capacidade de armazenamento e software mais moderno de bases de dados relacionais, a lista de vantagens tornou-se pouco importante.

A razão pela qual os sistemas de código se tornam difícies de gerir passado pouco tempo é devida à instabilidade dos dados. À medida que o nosso conhecimento do mundo biológico aumenta descobre-se que espécies que anteriormente se pensava serem diferentes são afinal a mesma, que uma outra espécie afinal representa duas espécies distintas, que um estudo detalhado inclui uma dada espécie num género diferente, e que um grupo de peixes com o mesmo ascendente ao nível da família tem afinal dois ancestrais diferentes e são divididos em famílias diferentes. Todas estas descobertas alteram o nome científico da espécie e/ou o seu lugar na classificação. Uma complexa série de regras, ou seja, o Código Zoológico de Nomenclatura (ITZN 1985) regulamenta a designação e alteração de nomes científicos, e dos seus sinómos. Os sistemas de código fornecem um retrato instantâneo de um determinado momento. No entanto, os nomes continuam a mudar e os sistemas de código devem incluir as actualizações necessárias (ver exemplo em Smith & Heemstra (1986)). Consoante o nível que um dado sistema incorpora a taxonomia, este poderá até necessitar de alterações para os casos em que os nomes científicos não são alterados, por ex., quando um género é transferido para uma outra família. Para evitar este problema, o recente sistema de código Australiano (Yearsley et al. 1997) optou por continuar com a classificação de famílias de Greenwood et al. (1966), ignorando assim 30 anos de pesquisa taxonómica (Nelson 1984, 1994; Eschmeyer 1990).

Deste modo, apoiamos vivamente a ideia de que o sistema de códigos que deverá ser utilizado globalmente corresponde ao sistema binomial com as suas regras e sinónimos.

Os códigos da FishBase (SpecCode, StockCode, SynCode, FamCode) são apenas contadores que reduzem o número de ligações entre campos e tabelas. Os códigos não são utilizados para entrada de dados e estão escondidos na interface do utilizador.

Resumindo, qualquer tentativa de criar um sistema de códigos estável está condenada a ser um fracasso. Só irá perpetuar um conhecimento desactualizado, incluindo erros de identificação; ou terá que criar e manter a totalidade dos sinónimos com números de código, o que é um procedimento absurdo.

Referências

Eschmeyer, W.N. 1990. Catalog of the genera of recent fishes. California Academy of Sciences, San Francisco. 697 p.

Greenwood, P.H., D.E. Rosen, S.H. Weitzman and G.S. Myers. 1966. Phyletic studies of teleostean fishes with a provisional classification of living forms. Bull. Am. Mus. Nat. Hist. 131(4):339-455.

ITZN. 1985. International Code of Zoological Nomenclature. The International Trust for Zoological Nomenclature, London.

Nelson, J.S. 1984. Fishes of the world. 2nd edition. John Wiley and Sons, New York. 523 p.

Nelson, J.S. 1994. Fishes of the world. 3rd edition. John Wiley and Sons, New York. 600 p.

Pinborg, U. and T. Paule. 1990. NCC Coding System: a presentation. The Nordic Centre, Stockholm, Sweden.

Smith, M.M. and P.C. Heemstra, Editors. 1986. Smith's sea fishes. Springer Verlag, Berlin. 1047 p.

Yearsley, G.K., P.R. Last and G.B. Morris. 1997. Codes for Australian Aquatic Biota (CAAB): an upgraded and expanded species coding system for Australian fisheries databases. CSIRO Marine Laboratories, Report 224. CSIRO, Australia.

Rainer Froese

 
 

Autor: Nome da pessoa que descreveu a espécie e o ano de publicação. O nome do autor entre parênteses significa que a espécie foi colocada noutro género aquando da sua descrição inicial. No caso de existir mais de um autor o sinal ortográfico "&" ´é utilizado, p.ex., Temminck & Schlegel, 1844. Clicar duas vezes no campo Autor permite ver a citação completa na "Tabela REFERÊNCIAS de Eschmeyer"

Apenas um único nome comum em inglês é apresentado

Nome na FishBase: Um único nome comum em inglês é utilizado, com o fim de estabilizar a nomenclatura, e foi escolhido pelo seguinte método:

  1. a existência dum nome FAO, ou

  2. um nome AFS (American Fisheries Society), ou

  3. outro nome inglês não utilizado como Nome FishBase para outra espécie.

Existem, cerca de 9.800 espécies sem o nome comum FishBase (veja a tabela NOMES COMUNS, neste volume).

A espécie é incluída numa Família, Subfamília, Ordem e Classe segundo a classificação de Eschmeyer (1990).

Ref: Este é o código da referência principal que foi usada na nomenclatura, e qualquer outra informação neste registo. De preferência, esta deverá ser a última revisão do género ou família respectivos, ou uma outra fonte primária de confiança (ver Fontes,/b>, abaixo). Quaisquer outras referências usadas para informação secundária estão inscritas nos campos Ref.

Clicando o botão peixe obterá uma sequência das fotografias disponíveis para esta espécie na FishBase.

Se clicar no botão Mapa poderá escolher várias opções. Pode realçar os países em que uma espécie é introduzida ou autóctone, visualizar as vias de introdução, ou ver os pontos de ocorrência ao nível da família, género ou espécie.

STATUS
Os códigos na FishBase são contadores internos

Clicando o botão Status obterá os seguintes campos:

AutorRef: Código númérico da publicação original que pela primeira vez descreveu a espécie. Clicar duas vezes no campo para ver a citação completa da referência.

SpecCode: Número de código interno da espécie.

FamCode: Número de código interno da família.

Fontes: Várias letras indicam que tipo de fonte foi usada: R = informação obtida a partir da última revisão (informação prioritária); O = informação obtida a partir de fontes secundárias (i.e., informação de menor valor).

Confirmação das sinopses: O primeiro campo dá o código numérico do membro da equipa ou do colaborador da FishBase que imprimiu e verificou a sinopse completa. Segue-se um campo que indica a data da verificação.

Confirmação ASFA: O campo indica a data (e se) uma uma busca no ASFA foi feita e utilizada para a espécie em causa.

ISSCAAP: número ISSCAAP a que a espécie pertence (FAO-FIDI 1994; veja a "tabela ISSCAAP", neste volume).

Introduzido, Modificado e Verificado: Estes campos contêm o número do membro da equipa ou colaborador da FishBase e a data em que o registo foi introduzido, modificado, ou verificado. Clique duas vezes no número para obter mais informação.

Informações ambientais

Clicando o botão Ambiente obterá os seguintes campos:

Águas Continentais, Estuarinas e Marinhas: Um campo sim/não indica se a espécie é dulçaquícola, estuarina ou marinha, em qualquer estado de desenvolvimento.

A FishBase indica o habitat da espécie

Ambiente: Indica o ambiente preferido pela espécie, com as seguintes escolhas (adaptado de Holthus & Maragos, 1995):

  • Pelágica: vive e alimenta-se na coluna de água entre os 0 e os 200 m, não se alimentando de organismos bentónicos.

  • Demersal: vive ou alimenta-se no fundo entre os 0 e os 200m.

  • Bentopelágica: vive ou alimenta-se no fundo, bem como na coluna de água, entre os 0 e os 200m.

  • Recifal: vive e/ou alimenta-se no ou perto do recife do coral, entre os 0 e os 200m.

  • Batipelágica: vive e alimenta-se na coluna de água abaixo dos 200m, não se alimentando de organismos bentónicos.

  • Batidemersal: vive e alimenta-se no fundo abaixo dos 200m.

Esta classificação é adequada a espécies marinhas, embora por vezes de difícil aplicação a espécies dulciaquícolas. Quaisquer sugestões para melhorar este facto são bemvindas.

Migração: padrão de migração das espécies, usualmente para efectuar a postura ou para se alimentar, com as seguintes escolhas: anádromas (migram do mar para o rio, ex., salmões); catádromas (migram do rio para o mar, ex., enguia); potádromas (migram de rio para rio, ex., truta); limnódromas (migram de lago para lago, ex., perca); oceanódromas (migram de oceano para oceano, ex., atum); e não migratória.

Limites batimétricos: os limites superior e inferior de distribuição (em metros) atribuídos aos juvenis e adultos da espécie (excluindo as larvas).

Profundidade habitual: o intervalo de profundidade (em metros) onde os adultos são encontrados usualmente. Este intervalo pode também ser determinado como o intervalo onde se encontra 95% da biomassa.

Notas: Um campo de texto com comentários adicionais sobre o habitat, alimentação, comportamento, uso humano e outras informações pertinentes sobre a espécie.

Tamanho e idade
 
 
Registamos a idade do exemplar mais velho

Acederá aos seguintes campos, clicando o botão Tamanho/Idade:

Longevidade: A idade máxima do espécime selvagem alguma vez capturado, reportado do cativeiro ou capturado num lago.

Tamanho: Medida do maior exemplar macho (ou não sexado) ou fêmea, jamais capturado em: SL (comprimento standard); FL (comprimento à furca da caudal); TL (comprimento total); WD (largura do disco, nas raias); OT (outra).

Comprimento comum: Comprimento usual (em cm) dos juvenis, do macho ou da fêmea.

Peso máximo: Peso total (em g) do maior exemplar (macho ou fêmea) capturado.

Clicando o botão Relação L-W obterá uma curva geral sobre a relação comprimento-peso da espécie (veja a tabela COMPRIMENTO-PESO, neste volume)

Clicando o botão da Curva de crescimento obterá uma (ou mais) curva da relação comprimento do corpo-idade da espécie (veja a tabela POPCRESCIMENTO para maior informação).

Caixa 5. A temperatura e o tamanho máximo dos peixes.

Várias relações associam a temperatura ambiente e o tamanho máximo dos peixes; existem na FishBase gráficos que ilustram diversas características biológicas dos peixes a partir de curvas de comprimento máximo vs temperatura.

A mais importante destas relações refere-se ao facto de que, dado o tempo suficiente (à escala evolutiva), qualquer taxon mais evoluído preencherá todos os possíveis habitats e nichos, mesmo aqueles que requerem um tamanho do corpo muito grande ou pequeno, levando ao conceito de Full House de Gould (1996). Este aspecto é ilustrado por intermédio de um gráfico que mostra que aos mais variados tamanhos (de 4 a 400 cm) corresponde uma das temperaturas toleradas pelos peixes. Isto ainda é mais evidente na versão do gráfico em que são utilizados os logarítmos do comprimento máximo, uma vez que é reduzido o impacto das poucas espécies de grandes dimensões (>200 cm) (Fig. 5).

A segunda característica biológica dos peixes ilustrada nos gráficos de comprimento máximo vs temperatura é que, dentro de um grupo taxonómico (e anatómico) os comprimentos máximos diminuem com o aumento da temperatura, tal como definido pela teoria sobre crescimento dos peixes por Pauly (1979, 1994) (veja também Longhurst & Pauly 1987, Capítulo 9). O gráfico do log-comprimento vs temperatura ilustra bem este fenómeno com os comprimentos máximos a diminuir mais acentuadamente dentro de uma família do que no conjunto dos pontos. [As temperaturas baixas de -2 a 3°C representam uma excepção conhecida por "adaptação ao frio"(Wohlschlag 1961) que induz um stress semelhante ao provocado pelas temperaturas elevadas (Pauly 1979)].

O comprimento máximo utilizado neste gráficos teve origem no campo comprimento máximo da tabela ESPÉCIES. As temperaturas são, para as espécies em questão:

  i.    a média dos campos da temperatura na tabela STOCKS; ou

  ii.   a média de todos os registos de temperatura existentes na tablea OCORRÊNCIAS; ou

  iii.  a média de todos os registos de temperatura da tabela POPCRESCIMENTO; ou

  iv.   a média de todos os registos de temperatura da tabela POSTURA; ou

  v.    a médias das médias obtidas em (ii), (iii) e (iv).

Referências

Gould, S.J. 1996. Full House: the spread of excellence from Plato to Darwin. Harmony Book, New York. 244 p.

Longhurst, A. and D. Pauly. 1987. Ecology of tropical oceans. Academic Press, San Diego. 407 p.

Pauly, D. 1979. Gill size and temperature as governing factors in fish growth: a generalization of von Bertalanffy's growth formula. Ber. Inst. Meereskd. Universität, Kiel. 63, 156 p.

Pauly, D. 1994. On the sex of fish and the gender of scientists. Chapman and Hall, London. 250 p.

Wohlschlag, D.E. 1961. Growth of an Antarctic fish at freezing temperatures. Copeia 1961:17-18.

Daniel Pauly

 
Peixes importantes para o Homem
 
 
 
Classificámos os peixes segundo a sua importância para o Homem

Acederá aos seguintes campos, clicando o botão Importância:

Pescas: Importância da espécie para as pescas ou para aquacultura, com as seguintes escolhas: altamente comercial; comercial; pouco interesse comercial; pesca de subsistência; interesse potencial; sem interesse. Um campo à direita permite-lhe aceder a outras informações sobre a importância e uso da espécie nas pescas.

Estatísticas de desembarque: Média global dos desembarques/ produção da espécie, com as seguintes escolhas: mais de 1.000 tons/ano; de 1.000 a 10.000 tons/ano; de 10.000 a 50.000 tons/ano; de 50.000 a 100.000 tons/ano; de 100.000 a 500.000 tons/ano; mais de 500.000 tons/ano. Ver FAO (1992) para mais informação. Este campo contém informação sobre os países e áreas onde os desembarques ou as produções são mais significativas.

Método: Dois campos indicam o principal método de captura da espécie, com as seguintes escolhas: nassas, arrastos, dragagem, redes de cerco, redes de emalhar, covos, anzol, aparelhos múltiplos, outros. Ainda vários campos de sim/não para outros métodos de pesca.


Fig. 5. Comprimento máximo em função da temperatura para os Gadidae e para outras espécies. O decréscimo do comprimento máximo em função da temperatura crescente para a família (pontos negros) é mais rápida para as outras espécies (sobretudo se não se considerar o ponto de temperatura abaixo de zero, afectado pela "adaptação ao frio" (ver Caixa 5)).

 
 

Aquacultura: Indica se a espécie é utilizada em aquacultura, com os seguintes campos: nunca/raramente; comercialmente; experimentalmente; uso futuro.

Uso como isco: Indica o uso da espécie como isco nas pescas, com as seguintes escolhas: nunca/raramente; ocasionalmente; habitualmente.

A maioria dos peixes de aquário são capturados na Natureza

Comércio aquariófilo: Indica o uso da espécie na aquariofilia, com as seguintes escolhas; comercialmente (espécies encontradas nas lojas de aquariofilia); potencialmente (para espécies pequenas, fáceis de manter, coloridas, com formas ou comportamentos interessantes); aquário público (para espécies existentes em grandes aquários públicos e geralmente grandes demais para aquariofilia).indica se os exemplares de aquário são obtidos por reprodução em cativeiro (e.g., guppies) ou se são selvagens (e.g., a maior parte das espécies marinhas).

Pesca desportiva: um campo sim/não indica se a espécie está incluída na lista dos Recordes Mundiais de Pescas Desportiva, publicada anualmente pela Associação Mundial de Pesca Desportiva (IGFA, Pompano Beach, Florida, USA), ou se está classificada como espécie desportiva.

São indicadas todas as espécies perigosas para o Homem

Perigosidade: Indica se a espécie é perigosa para o Homem, com as seguintes escolhas: inofensivo; tóxico para a alimentação (o fígado, intestinos ou pele por vezes contêm substâncias tóxicas); "ciguatera" (toxinas acumuladas no peixe através da cadeia alimentar); venenosa (espécies que possuem espinhos ou muco venenosos); traumatogénicas (espécies capazes de morder ou picar). Se uma espécie for vector de "ciguatera", clicando no aviso, acederá à tabela CIGUATERA (neste vol.).

Muitos peixes geram campos eléctricos

Electrobiologia: espécies capazes de produzir campos eléctricos. Estes campos eléctricos, que podem ser extremamente fortes, são utilizados para diversos fins, tais como, orientação, defesa, predação ou outras ainda não conhecidas. A publicação do livro Peixes Eléctricos (1995), de P. Moller, permitiu-nos abordar esta interessante área de investigação através da classificação apresentada nesse trablho, baseada em simples observações no campo. O status eléctrico de cada espécie é mostrado na seguinte sequência:

  1. Normal: Implica actividade electrogénica normal, ou seja, nos nervos e nos músculos.

  2. Electrosensação: actividade eléctrica comum, mas não restrita, aos elasmobrânquios (tubarões, raias) que possuem orgãos capazes de detectar campos eléctricos criados por outros animais.

  3. Descarga fraca: capacidade de gerar campos eléctricos fracos para orientação e/ou detecção de presas.

  4. Descargas fortes: capacidade de gerar campos eléctricos fortes que atordoam potenciais presas e/ou predadores.

As referências utilizadas neste campo consistem em citações ao livro de Moller. O campo Comentários pode conter informação adicional, referenciadas à sua fonte original pela equipa FishBase ou citadas em Moller (1995). Mago-Leccia (1994) é uma outra fonte recente.

Notas: É um campo onde estão inscritas informações suplementares sobre o habitat, comportamento, electrobiologia, alimentação, reprodução ou qualquer outra informação pertinente sobre a espécie. A partir da janela espécies pode obter mais informação sobre uma espécie facilmente com um simples clicar num botão. Pode obter informação sobre a Família ou Género aos quais a espécie pertence, os Nomes Comuns utilizados, os Limites conhecidos e países em que ocorre, outras informações relacionadas com a Biologia, as Referências utilizadas e os Colaboradores que forneceram informação. Por favor veja os diferentes capítulos para as discussões específicas das várias tabelas.

Como chegar lá

Clique o botão Espécies do Menu Principal da FishBase. Pode então procurar uma espécie por nome científico, nome comum, família, país, identificação rápida ou tópico. De acordo com o tipo de procura seleccionada é fornecida uma lista. Clicando duas vezes no nome científico terá acesso à janela ESPÉCIES da espécie escolhida.

Agradecimentos

Agradecemos a Susan Luna, elemento equipa da FishBase, a suas contribuições para a tabela ESPÉCIES e para o presente capítulo.

Referências

Carpenter, K.E. and G.R. Allen. 1989. FAO species catalogue. Vol. 9. Emperor fishes and large-eye breams of the world (family Lethrinidae). An annotated and illustrated catalogue of lethrinid species known to date. FAO Fisheries Synopsis 125(9). 118 p. FAO, Rome.

Daget, J., J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde, Editors. 1984. Checklist of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). Off. Rech. Scient. Tech. Outre-Mer, Paris, and Musée Royal de l'Afrique Centrale, Tervuren. 410 p.

Daget, J., J.C. Hureau, C. Karrer, A. Post and L. Saldanha, Editors. 1990. Check-list of the fishes of the eastern tropical Atlantic (CLOFETA). Junta Nacional de Investigaçao Cientifica e Tecnológica, Lisbon, Europ. Ichthyol. Union, Paris and UNESCO, Paris. 519 p.

Eschmeyer, W.N. 1990. Catalog of the genera of recent fishes. California Academy of Sciences, San Francisco. 697 p.

FAO. 1992. FAO yearbook 1990. Fishery statistics. Catches and landings. FAO Fish. Ser. 38. FAO Stat. Ser. 105. Vol. 70. 64 p.

FAO-FIDI. 1994. International Standard Statistical Classification of Aquatic Animals and Plants (ISSCAAP). Fishery Information, Data and Statistics Service, Fisheries Department, FAO, Rome, Italy.

Holthus, P.F. and J.E. Maragos. 1995. Marine ecosystem classification for the tropical island Pacific, p. 239-278. In J.E. Maragos, M.N.A. Peterson, L.G. Eldredge, J.E. Bardach and H.F. Takeuchi (eds.) Marine and coastal biodiversity in the tropical island Pacific region. Vol. 1. Species Management and Information Management Priorities. East-West Center, Honolulu, Hawaii. 424 p.

Linnaeus, C. 1758. Systema Naturae per Regna Tria Naturae secundum Classes, Ordinus, Genera, Species cum Characteribus, Differentiis Synonymis, Locis. 10th ed., Vol. 1. Holmiae Salvii. 824 p.

Moller, P. 1995. Electric fishes: history and behavior. Chapman & Hall, London, UK. 584 p.

Myers, R.F. 1991. Micronesian reef fishes. Coral Graphics, Barrigada, Guam. 298 p.

Pietsch, T.W. and D.B. Grobecker. 1987. Frogfishes of the world. Standford University Press, Stanford, California. 420 p.

Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott. 1991. Common and scientific names of fishes from the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ. 20, 183 p.

Shao, K.-T., S.-C. Shen, T.-S. Chiu and C.-S. Tzeng. 1992. Distribution and database of fishes in Taiwan. p. 173-206. In C.-Y. Peng (ed.) Collections of research studies on 'Survey of Taiwan biological resources and information management'. Vol. 2. Institute of Botany, Academia Sinica, Taiwan.

Talwar, P.K. and A.G. Jhingran. 1992. Inland fishes of India and adjacent countries. Vols. 1 and 2. Balkema, Rotterdam.

Shao, K.-T., S.-C. Shen, T.-S. Chiu and C.-S. Tzeng. 1992. Distribution and database of fishes in Taiwan, p. 173-206. In C.-Y. Peng (ed.) Collections of research studies on ‘Survey of Taiwan biological resources and information management’. Vol. 2. Institute of Botany, Academia Sinica, Taiwan.

Woodland, D.J. 1990. Revision of the fish family Siganidae with descriptions of two new species and comments on distribution and biology. Indo-Pac. Fish. (19):136 p.

Rainer Froese, Emily Capuli, Cristina Garilao e Daniel Pauly