Distribuição

A Tabela STOCKS

Linnaeus estabeleceu o sistema de nomenclatura binomial

 

A distinção entre uma população e uma subespécie não é clara

 
Quando Linnaeus estabeleceu o sistema de classificação binomial na 10ª edição do seu livro Systema Naturae em 1758, deixou um forte alicerce para o trabalho taxonómico: uma combinação única de um nome genérico e um nome específico deve ser dada a um especimen (o holótipo), que assim se torna a última referência para qualquer espécie biológica. Infelizmente, este conceito óptimo tornou-se confuso quando se aceitaram as subespécies, ligadas também a um especimen, mas declarado como uma subunidade de uma espécie e assim descrita por três nomes (p.ex., Oreochomis niloticus eduardiensis). A espécie original muda para Oreochomis niloticus niloticus e está assim criada a confusão,  que reside no facto de o holótipo passar a dizer respeito a uma subespécie e simultâneamente a uma espécie. Este facto mina o conceito de espécie que explicitamente inclui populações, definindo espécie como “grupos de populações que de facto ou potencialmente se entrecruzam, e que estão reprodutivamente isoladas de outros grupos análogos” (Mayers 1942, p.120), e que assim não permite o conceito de subespécie (ver também Sinclair, 1988, que faz uma discussão excelente sobre populações marinhas).

 

Não gostamos de subespécies

 
                                                    Cientistas ligados às pescas trabalham com a parte explorada das populações a que chamam “stocks”. Igualmente, a aquacultura  trabalha com “estirpes”, ou seja, raças ou variedades duma certa espécie. Também aqui, a distinção entre população, raça e subespécie não é clara (ver as notas no fim deste capítulo).

 

Na criação da estrutura duma base de dados relacional, a confusão conceptual entre espécie, subespécie e população traduz-se num mau resultado final.

 

                                                    Na versão corrente da FishBase- bem como na literatura taxonómica- a subespécie é tratada como espécie, isto é, com o seu registo próprio na tabela ESPÉCIES, mas com os nomes genérico e específico no campo do nome específico. Se uma subespécie foi introduzida, também a espécie original se torna numa subespécie (ver acima). O resultado deste facto é que uma busca, p.ex., em Oreochromis miloticus, não encontrará nenhum registo na tabela ESPÉCIES mas a subsequente busca automática em Oreochromis niloticus* encontrará um total de sete subespécies aparecendo Oreochromis niloticus baringoensis em primeiro lugar por os registos estarem por ordem alfabética; o utilizador terá que procurar na listagem apresentada onde encontrará O. niloticus niloticus no quinto registo. Do ponto de vista do design da base de dados seria melhor tratar a subespécie como população; contudo, isso criaria incompatibilidades com a literatura taxonómica e aumentaria os problemas (p.ex., sinónimos que estão presentemente ligados a espécies, teriam de ser ligados a populações). Seria provavelmente muito melhor se os taxonomistas ou considerassem os caracteres duma subespécie suficientemente distintos para a considerarem uma espécie nova ou a considerassem apenas uma população dessa espécie e lhe dessem um sinónimo.

 

Campos                                    A fim de conseguir separar a informação dum stock ou de uma estirpe, daquela que diz respeito à espécie em geral, todos os registos na tabela ESPÉCIES estão ligados a um ou vários registos na tabela STOCKS (relação de um para muitos). Toda a informação biológica está ligada à tabela STOCKS e faz parte de um Nível, de entre os seguintes: espécie em general; subespécie em geral; stock selvagem ou população; estirpe cultivada; híbrido.

 

Quando a FishBase possui mais do que um stock ou estirpe para uma dada espécie, a tabela STOKS é apresentada sob o formato de tabelas e em cada linha é descrita a espécie ou estirpe. Clique duas vezes numa linha mudar de formatação. Em alternativa, pode usar as setas (ascendente e descendente) para seleccionar o stock e carregar em Enter para mudar de formatção.

 

O campo definição de Stock indica a  área de distribuição de cada uma das categorias. Para as estirpes indica a origem, o tamanho do stock inicial e o seu nome comum. Para os híbridos, que estão ligados à espécie fêmea, diz-nos qual a espécie macho bem como outros detalhes. Este campo refere ainda as extensões às áreas de distribuição que são duvidosas e as identificações incorrectas mais comuns.

A FishBase enumera todas as espécies ameaçadas

 
 


O campo Status descreve o estádio de ameaça de extinção seguindo as categorias definidas pelo IUCN: sem entrada na lista Vermelha da IUCN; População(ões) na Lista Vermelha da IUCN; Indeterminado (I); Rara ®; Vulnerável (V); Em perigo (E); Extinta (Ex); Insuficientemente conhecida (K); Ameaçada (T); Comercialmente ameaçada (CT); N.A. (não aplicável, como, por ex., os híbridos). É de notar que a primeira e última categorias foram criadas para incluir os casos de híbridos,  estirpes artificiais e os muitos casos para os quais não há informação disponível.

 

As revisões mostram o que sabemos àcerca duma espécie

 
Para algumas espécies tais como Plectropomus leopardus, a lista já reflecte o estado actual do conhecimento, podendo assim ser utilizada na identificação de tópicos para investigação. Esperamos que muitos dos nossos utilizadores nos forneçam informações, ou separatas para nos ajudar a cobrir o maior número de espécies possível. Clique em qualquer dos botões pretos para abrir as respectivas tabelas.

Status                                        Presentemente a tabela STOCKS contém mais de 17.500 registos, incluindo cerca de 72 estirpes cultivadas, 9 híbridos e 9 populações/stock. Esperamos que o último número cresça quando incorporarmos os 160 stocks reconhecidos pelo Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES), os stocks referidos na tabela de RECRUTAMENTO de Meyers (neste volume) e, p.ex., as estirpes de truta reconhecidas por Kincaid e Brimm (1994).

 

Como chegar lá                      Aceda à tabela STOCKS clicando o botão Limites ou Biologia na janela ESPÉCIES.

 

Referências                             IUCN. 1996. 1996 IUCN red list of threatened animals. IUCN, Gland, Switzerland.

Kincaid, H. and S. Brimm. 1994 National Trout Strain Registry. U.S. Fish and Wildlife Service`s Division of Fish Hatcheries, National Fishery Research and Development Laboratory and Office of Administration - Fisheries, U.S.A.

Mayr, E. 1942. Systematics and the origin of species. Columbia University Press, New York. 334p.

Sinclair, M. 1988. Marine Populations: na essay on population regulation and speciation. University of Washington Press, Seattle. 252p.

                                                                     Rainer Froese

 

A Tabela FAOAREAS

                                                    A descrição da ocorrência duma espécie é uma tarefa com várias etapas. Na FishBase, a primeira normalização na descrição das  áreas de distribuição das espécies, deu-se quando adoptámos as 27 áreas principais de pesca, estabelecidas internacionalmente para trabalhos de estatística (isto é, estatísticas de captura), as quais são descritas detalhadamente nos FAO Yearbooks (p.ex., FAO 1992). Esta normalização deverá ser útil quando, p.ex., se pretender relacionar estatísticas de captura com biodiversidade.

 

Campos                                    A tabela FAOAREAS lista todas as  áreas estatísticas da FAO nas quais uma espécie ocorre e vice-versa. Um campo de escolha múltipla classifica as ocorrências em: nativa, endémica (ou seja, não ocorre em mais nenhuma área FAO); reintrodução (ou seja, após a extirpação); duvidosa (ou seja, os casos em que é necessária confirmação). As estirpes e os híbridos artificiais são sempre classificados como introdução, mesmo que a estirpe seja originária da área FAO em questão.

 

Status                                       

A área de distribuição de muitas espécies não está ainda bem estabelecida

 
                                                    Esforçámo-nos para que esta normalização geográfica básica abranja todas as espécies. Contudo é de notar que a  área de distribuição de muitas espécies não está ainda bem delimitada e que frequentemente não é claro se ela se estende a uma área adjacente ou não. Também as fronteiras das áreas FAO atravessam regiões faunísticas e portanto o número de espécies, por exemplo, na  área 61, noroeste do Pacífico não é representativa para o noroeste do Pacífico, porque inclui muitas espécies tropicais que se distribuem para norte, até Taiwan e ao sul do Japão, ambos incluídas na área 61. Tencionamos utilizar as províncias biogeograficas de Longhurst (1995) para uma subdivisão dos ocenos mais minuciosa e com maior significado ecológico.

 

Só os peixes diádromos, como a enguia europeia Anguilla anguilla, estão ligadas a áreas continentais e marinhas; os muitos peixes tropicais que regularmente entram nos estuários dos rios ou nos lagos costeiros para se alimentarem, não estão ligados às  áreas continentais da FAO, a fim de evitar confusões.

 

Como chegar lá                      Acederá à tabela FAOAREAS clicando o botão Limites na janela ESPÉCIES e o botão Faoareas na janela STOCKS.

 

Referências                              FAO. 1992. FAO Yearbook: Fishery statistics, catches and landings. Vol. 70. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome. 647 p.

Longhurst, A. 1995. Seasonal cycles of pelagic production and consumption Progress in Oceanography Vol. 36:77-167

Rainer Froese e Susan Luna

 

A Tabela FAROAREAS REF

                                                    Esta tabela contém os nomes das 27 áreas definidas pela FAO, juntamente com algumas notas estatísticas do ano. Baseada nos dados do World Resources Institute (WRI 1990, 1996), dá-nos o comprimento da Linha de costa, a  área estimada da plataforma continental até aos 200m de profundidade e a  área da zona económica exclusiva (ZEE). É de notar, contudo, que o comprimento da linha de costa tem uma dimensão fractal e portanto não deve ser usado em estudos comparativos, a menos que medidas com a mesma “bitola”. O WRI trabalha com estes comprimentos estandartizados, que utilizaremos assim que estiverem disponíveis.

 

As coordenadas dum ponto no centro da  área FAO estão equipadas no sentido de mostrarem uma legenda, por exemplo, no WINMAP (neste volume). O número de espécies e famílias assinaladas nesta área pela FishBase ou derivadas da literatura, são também fornecidas.

 

Como chegar lá                      Acederá a esta tabela clicando o botão Limites na janela ESPÉCIES, o botão áreas FAO na janela STOCKS, e o botão Mais informação sobre a área na janela FAOAREAS. Pode também clicar no botão Relatórios no Menu Principal, no botão Estatísticas FAO na janela RELATÓRIOS PRÉ-DEFINIDOS, e no botão Áreas FAO na janela ESTATÍSTICAS FAO.

 

Referências                  

WRI. 1990. 1990-1991 World Resources: a guide to the global environment. World Resources Institute. Oxford University Press, Oxford, UK. 383 p.

WRI. 1996. World Resources 1996-97. Oxford University Press, Oxford, UK. 383 p.

                                                    Rainer Froese

 

A Tabela PAÍSES

                                                    Os governos de diversos países são os organismos políticos que têm a seu cargo a gestão das pescas, a investigação e a conservação dos seus recursos, a nível nacional. É portanto importante saber de todos os países onde determinada espécie ocorre, e vice-versa. Como mencionado anteriormente, o limite de distribuição de muitas espécies não está bem estabelecido. Listas de espécies dum país, produzidas por alguém não taxonomista, contêm frequentemente identificações incorrectas, que geralmente não podem ser verificadas; por outro lado, não existem listas produzidas por especialistas (e baseadas em especimens verificáveis) para a maioria dos países tropicais em vias de desenvolvimento.

 

 As revisões taxonómicas são a  mais segura fonte de informação

 
Fontes                                       Levámos algum tempo a compreender a extensão destes problemas e a aprender como lidar com eles. A tarefa principal que temos em mãos é a de distinguir entre fontes de informação fidedignas e outras. As revisões taxonómicas de espécies, géneros ou famílias incluem geralmente uma lista dos especimens examinados, indicando os locais de captura. Esta é a informação mais válida, contudo, os locais de captura tirados de descrições originais muito antigas, por várias razões, podem não corresponder às fronteiras actuais. As áreas de distribuição descritas nessas revisões frequentemente indicam os nomes dos países, que portanto, também aceitamos como correctos. Também incluímos os nomes de países que não estão explicitamente designados, mas que fazem claramente parte de uma  área, p.ex., “Ao longo da costa oeste de África desde a Mauritânia até Angola”, incluirá todos os países costeiros entre a Mauritânia e Angola. No entanto, afirmações tais como “Desde o Mar Vermelho até ao sul do Japão” só servirá para seleccionar o Japão, e não, p.ex., o Omã, o Paquistão ou a Índia, visto que distribuições tão latas são geralmente descontínuas.

 

                                                    Outras boas referências para listas de espécies de países são estudos faunísticos efectuados por taxonomistas como p.ex., Allen (1989) Freshwater fishes of Australia, ou Randall et. al. (1990) Fishes of the Great Barrier Reef and Coral Sea, embora o último não seja completo. Os mapas publicados no Catálogo das Espécies da FAO ou no guia de Skelton (1993) A complete guide to the freshwater fishes of Southern Africa são também considerados boas fontes.

 

As colecções de Museus usam frequentemente nomes científicos antigos

 
Colecções de museus já computorizadas, embora fidedignas, contêm frequentemente nomes antigos, e raramente indicam se a identificação é segura ou preliminar. Em geral descrevem locais de captura que necessitam de interpretação e às vezes até nem foram verificadas no sentido de eliminar possíveis erros (ver abaixo). Fontes problemáticas são as várias listas de nomes específicos ou de nomes comuns que foram produzidas por não taxonomistas e que muitas das vezes são baseadas em entrevistas a pescadores ou em meras suposições àcerca dos limites de distribuição. Só usámos este tipo de fonte caso ela confirme uma ocorrência parecida na área indicada por uma fonte segura.

 

Campos                                   

A referência mais segura e  evidências adicionais são dadas para cada país

 
                                                    A tabela PAÍSES lista todos os países onde uma espécie foi assinalada de acordo com o critério acima mencionado. Se clicar duas vezes num país obterá informação específica desse país sobre a espécie. Clicando duas vezes no campo referência de um determinado país poderá ver a citação completa.

 

Main Ref.: campo que indica a referência que consideramos mais fiável para cada registo do país. Por favor, comunique-nos se discordar da nossa opinião.

 

Outras Ref.: campo que indica a segunda melhor referência que dá a ocorrência no país.

 

Status: campo que indica o modo como a espécie ocorre no país e tem as seguintes escolhas: autóctone; endémica; introduzida; extinta; questionável (casos em que a ocorrência necessita confirmação); identificação incorrecta (registos que se sabe estarem errados); e reintroduzida.

 

Águas Continentais, Estuarinas e Marinhas: campos sim/não indicam em que meio, dulciaquícola, estuarino ou marinho, a espécie ocorre nesse país.

 

Caixa 7. Uma proposta para os especialistas de países e de ecossistemas.
Seguir a informação relativa a centenas de países, ilhas e ecossistemas está muito além das capacidades da equipa da FishBase. Tal como acontece com os Colaboradores Taxonómicos, procuramos especialistas locais que se tornem coordenadores do seu país, ilha ou ecossistema. Se nos ajudar a manter as checklists anotadas completas e actualizadas, oferecemos em troca:

- cópias de cada lançamento anual da FishBase; e
- checklists para serem utilizadas como guia de campo (publicações da base de dados) pelo Coordenador, impressas em vários formatos (ficheiros de texto).

Incluiremos o nome do coordenador em cada registo fornecido, modificado ou verificado.

Por favor contacte-nos (r.froese@cgnet.com) se estiver interessado em tornar-se um Coordenador da FishBase para o seu país, ilha ou ecossistema. Enviaremos-lhe uma checklist com a informação compilada até ao momento. Contamos consigo para a edição dessa checklist e fornecimento de separatas ou publicações importantes que nos tenham falhado. Terá como contacto um membro da equipa da FishBase que fará as alterações à base de dados. Por favor diga-nos o que acha desta proposta.

                                                                                                                                                                                                                           Rainer Froese

 

Abundância: campo que indica a frequência da espécie dentro dos limites de distribuição no país e tem as seguintes escolhas: abundante, comum, relativamente comum, ocasional e rara.

 

Importância: campo que indica até que ponto a espécie é utilizada para consumo humano no país, com as seguintes escolhas: muito comercial, comercial, pouco comercial, pesca de subsistência, com interesse potencial, sem interesse.

 

Aquacultura: campo que indica o utilização que a espécie tem em aquacultura. As escolhas incluem: nunca/raramente; comercial; experimental; provável uso futuro. Quando criado um novo registo para o país, a opcção “nunca/raramente” é automaticamente introduzida e apenas alterada quando informação publicada estiver disponível.

 

Regulamento: campo que  indica se o país possui ou não medidas de controlo, protecção e preservação das espécies face às diversas actividades humanas. As escolhas incluem: sem regulamentação, restrita e protegida. Quando é criado um novo registo a opcção “sem regulamento” é automaticamente inserida sendo alterada apenas quando existir informação publicada.

 

Exportação: campo sim/não que indica se a espécie é exportada do país para aquariofilia, como recurso vivo para restaurantes ou se é exportada para fins de aquacultura (por ex. larvas, juvenis, adultos reprodutores).

 

Pesca desportiva: campo sim/não que indica se a espécie é utilizada em pesca desportiva.

 

Uso como Isco: campo sim/não que indica se a espécie é utilizada como isco no país.

 

O campo Comentários inclui outras informações específicas do país como a distribuição local, particularidades biológicas, etc. Outro termo especificado no campo Comentário é Museu: que fornece o número de catálogo das amostras colhidas nesse país entre parêntesis. Os significados dos acrónimos dos museus e os seus endereços são dados no Glossário. A maioria dos registos dos museus foram retirados de revisões de famílias, géneros ou espécies e verificados por especialistas. O termo Também Ref.: fornece o número(s) de fontes que explicitamente afirmam a ocorrência da espécie nesse país. O termo Limites Ref: fornece o número(s) de referência da(s) fonte(s) indicando os limites de distribuição para a espécies incluídas no país sem o mencionar explicitamente.

                                                   

Se clicar duas vezes no campo Comentários uma pequena caixa permite-lhe procurar os números das referências mencionadas no texto.

 

Clicando duas vezes o botão Status no canto superior direito pode ver quem introduziu, modificou ou verificou o registo do país.

 

Embora um país pertença a uma só  área continental da FAO, pode estar rodeado por até 4 áreas marinhas FAO, p.ex., USA. Cada registo do país indica a área da FAO onde a espécie ocorre. Pode aceder a esta informação clicando no botão FAOarea dentro do registo do país. Só as espécies diádromas estão ligadas a  áreas continentais e marinhas.

 

Estamos a completar os vários campos à medida que a informação fica disponível mas esta é uma enorme tarefa. Foi concluída a primeira fase de um projecto que incorporou informação disponível sobre os peixes da Colômbia Britânica. Este projecto envolveu a FishBase, a Universidade da Colômbia Britênica e o ramo das Pescas, a Província da Colômbia Britânica (Canadá) e destinou-se a explorar a utilidade da FishBase a nível nacional/província. A informação da FishBase inclui locais, registos, uso e regulamentação dos peixes. Tencionamos estender este tipo de colaboração a províncias ou estados de outros países. A base de dados nacional (veja “Bases de dados Nacionais”, neste volume) pode ser útil para compilar esta informção e torná-la acessível na FishBase.

Nota                                           Os nomes dos países e das áreas seguem a nomenclatura FAO (1992) e não traduzem a expressão de qualquer opinião por parte do ICLARM àcerca do status legal de qualquer país, território ou  área e as suas fronteiras. Sabemos que muitos nomes de países estão desactualizados. Esta lista será actualizada numa próxima oportunidade.

 

Como chegar lá                      Clique o botão Limites na janela ESPÉCIES e o botão Países na janela STOCKS.

 

Agradecimentos

Agradecemos a colaboração de Susan Luna na versão anterior desta tabela e também no presente capítulo.

Referências                              Allen, G.R. Freshwater fishes of Australia. T.F.H. Publications, Neptune City, New Jersey. 240 p.

FAO. 1992. FAO Yearbook: Fishery statistics, catches and landings. Vol. 70. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome. 647 p.

Randall, J.E., G.R. Allen, and R.C. Steene. 1990. Fishes of the Great Barrier Reef and Coral Sea. Crawford House Press, Bathurst. 507 p.

Skelton, P.H. 1993. A complete guide to the freshwater fishes of Southern Africa. Southern Book Publisher,  South Africa. 388 p.

Rainer Froese e Cristina Garilao

 

A Tabela PAÍSREF

                                                   

A FishBase contém contagens de peixes para cada país

 
Esta tabela possui informações específicas àcerca dos países, tais como os seus nomes oficiais em inglês, francês e espanhol, o seu nome e número de código nas Nações Unidas (ver acima), nome e coordenadas da sua capital, as áreas FAO, população, área da plataforma, língua etc. Esta informação foi retirada de fontes como por exemplo, a FAO Yearbook (FAO 1992), World Resources 1996-97 (WRI 1996), e o New York Times Atlas (Anon. 1992). Esta informação foi compilada principalmente para uso interno, e como já foi dito, não traduz a expressão de qualquer opinião da parte do ICLARM e de qualquer dos seus colaboradores. Sabemos que muitos nomes de países estão já desactualizados e actualizá-los-emos sempre que seja possível. A maioria da informação nesta tabela ainda não foi verificada portanto recomendamos os utilizadores a contactar os países ou os seus representantes directamente no sentido de obter informações mais precisas e actualizadas.

 

                                                    A tabela PAÍSREF contém ainda uma estimativa de quantas espécies (marinhas, dulciaquícolas e total) ocorrem num dado país. Esta informação é baseada na contagem dos registos do país na FishBase e na literatura.

 

Como chegar lá                      Clique o botão Limites na janela ESPÉCIES, o botão Países na janela STOCKS e o botão País Info na janela PAÍSES. Em alternativa pode clicar no botão Reports do Menú Principal, no botão Miscelânea na janela RELATÓRIOS PRÉ-DEFINIDOS, e no botão Informação Países no Menú Miscelânea.

 

Referências

Anon. 1992. The New York Times Atlas of the World. New Family Edition. Times Books, New York. 156 p.

FAO. 1992. FAO Yearbook: Fishery statistics, catches and landings. Vol. 70. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome. 647 p.

WRI. 1996. World Resources 1996-97.Oxford University Press, Oxford, U.K. 383 p.

Rainer Froese

 

A Tabela INTRODUÇÕES

                                                    As introduções e as transferências de espécies de peixes exóticas conduziram a grandes perturbações nas comunidades aquáticas e representaram ameaças significativas à biodiversidade. No entanto, a utilização de espécies exóticas fez aumentar a produção neste sector, veja-se o caso, por exemplo, da introdução de Limnothrisa miodon, a sardinha de rio, no lago Kariba no Zimbawe. A tabela INTRODUÇÕES só trata de movimento de espécies entre países. Movimentações dentro dos países não são referidas, mas devem ser monitorizadas e regulamentadas pelas autoridades nacionais.

 

As introduções conduziram a grandes alterações nas comunidades aquáticas

 
                                                    No ínicio dos anos 80, o Dr. Robin Welcomme da FAO começou a organizar uma base de dados documentando o movimento de espécies dulciaquícolas, entre diversos países (Welcomme, 1988). Em 1991, cedem-nos essa base de dados para que a utilizássemos na FishBase. A base de dados sobre introduções internacionais e transferências foi aumentada através duma estreita colaboração entre o Dr. Devin Bartley da FAO e a equipa FishBase, no sentido de incluir também peixes marinhos (baseados principalmente em Walford and Wicklund, 1973) e introduções não internacionais, como as resultante, p.ex., da abertura do Canal de Suez e a subsequente migração Lessepsiana (Por 1978). A FAO efectua neste momento uma investigação entre os países membros para actualizar os seus dados em espécies introduzidas, enquanto que a equipa FishBase revê constantemente a literatura científica procurando novos relatórios sobre introduções. Estes resultados serão incorporados em versões futuras da FishBase.

 

Campos                                    Esta tabela inclui campos indicando qual o País originário da espécie introduzida, o Ano em que foi efectuada, a Razão da introdução e o seu Impacto.

 

O campo De refere-se ao país ou área geográfica de onde o peixe provém. O nome (NU) do país e a área FAO também são mostrados.

 

O campo Para refere o país no qual a espécie foi introduzida. Também são fornecidos os nomes UN do país e da área FAO.

 

O campo Ano indica o ano em que a espécie foi introduzida.

 

O campo Range indica a extensão/variação dos anos de introdução.

 

O campo de escolha múltipla Período dá o período de introdução numa escala mais alargada. As escolhas incluem: antes do século XVIII, século XVIII, século IX; 1900-1924; 1925-1949; 1950-presente; desconhecido.

 

O campo de escolha múltipla Razões fornece os seguintes motivos: aquacultura; pesca desportiva; ornamental; controle de mosquitos; controle de caracóis; controle de algas; controle de fitoplâncton; outro qualquer controle de pragas; alimento para animais; isco; difusão por introdução em países vizinhos; investigação; preservação; preenchimento do nicho ecológico; acidental, juntamente com outras espécies; acidental, a bordo de barcos; migração Lessepsiana; renovação da barreira natural; outro; desconhecido.

 

Algumas espécies introduzidas são mantidas à custa de repovoamentos contínuos

 
O campo Introduzido por refere-se aos responsáveis pela introdução, segundo as seguintes possibilidades: governo; projecto internacional; sector privado; individual.

 

O campo Ocorrência selvagem diz-nos se a espécie se estabeleceu em águas naturais ou em reservatório e se se mantém através de reprodução ou de repovoamento.

 

Caixa 8. Cronologia das introduções dulciaquícolas.

O gráfico da Fig. 8 representa o número cumulativo de introduções dulciaquícolas nas várias áreas terrestres da FAO ao longo dos anos. Os registos com datas de introdução desconhecidas foram colocados antes do século XVIII juntamente com as introduções anteriores, não só para mostrar a sua magnitude mas também para que fossem considerados no total das introduções. O maior número de introduções corresponde ao conjunto Europa e antiga URSS  enquanto que o menor número se verifica para a América do Sul. Também é possível observar um aumento acentuado de introduções na Ásia entre 1960 e 1980, devido à expansão da aquacultura asiática.

 

Christine Casal

 


Fig. 8. Número cumulativo de introduções internacionais de espécies dulciaquícolas em áreas terrestres FAO ao longo do tempo. Veja a discussão deste gráfico na Caixa 8.

 


O campo Estabelecida em aquacultura indica se a espécie é usada correctamente em aquacultura (sim/não) e se o seu uso é raro ou não. Um outro campo indica se a espécie requer assistência no cultivo para que se reproduza em aquacultura, ou se se mantém através de importações contínuas, como por exemplo Anguilla anguilla em Israel ou Psetta maxima em Espanha.

 

Os Impactos da introdução no ecossistema incluem efeitos na estrutura genética, hibridação, no tamanho do stock, na estrutura da comunidade, na sobrevivência, no comportamento adaptativo, no desempenho do “homing”, no padrão de migração, na resistência às doenças, etc. As escolhas disponíveis são: benéfico; maléfico; não conhecido.

 

Os impactos socioeconómicos incluem efeitos nos métodos de pesca, na relação esforço/captura, no consumo de peixe, na distribuição do trabalho (equidade, sexo), nos vencimentos etc. As escolhas disponíveis para os efeitos são: benéfico, maléfico, não conhecido.

 

Relatórios                                 Obtêm-se dois tipos de relatórios a partir da tabela INTRODUÇÕES:

 

·       uma lista, por ordem cronológica de todos os países onde determinada espécie foi introduzida, e

 

·       uma lista de todas as espécies que foram introduzidas em certo país, com informação auxiliar.

 

Mapas

Se clicar no botão Mapa, obtem um mapa com os países de origem em verde escuro e os países com introduções estabelecidas em verde claro. Para cada país com introduções é mostrada a data de introdução e uma linha mangenta que liga o país de origem ao país de introdução.

 

Status                                       

Muitas espécies de aquário estabeleceram-se em liberdade

 
A tabela INTRODUÇÕES é, tanto quanto sabemos, a maior base de dados global sobre movimentos de peixes, incluindo cerca de 2.200 introduções e transferências de mais de 300 espécies, que foram transportadas para, entre outras, aquaculturas (>900 registos), para pesca desportiva (>200 registos) e para fins ornamentais (>150 registos). É desconhecida a razão da introdução para um número considerável (>400) de registos. Mais de metade das introduções documentadas estabeleceram-se em liberdade.

 

A tabela INTRODUÇÕES inclui principalmente o registo da primeira introdução de qualquer espécie num país, e não as que, eventualmente, se seguiram. As espécies que se encontram em aquários de lojas não são consideradas introduções num país, a não ser que tenham escapado e se tenham estabelecido no ambiente selvagem (caso frequente).

 

Gráficos

Os gráficos obtidos a partir desta tabela representam:

 

·         o número cumulativo de introduções dulciaquícolas desde o século XVIII até ao momento, mostrando as áreas FAO nas quais foram introduzidas (veja Fig. 8);

·         o número cumulativo de introduções marinhas desde um período anterior ao século XVIII até ao presente momento, mostrando a magnitude das introduções Lessepsianas em relação às restantes introduções marinhas;

·         o número cumulativo de introduções dulciaquícolas desde o século XVII até ao presente momento, mostrando as diversas causas de introduções.

 

Estes gráficos podem ser obtidos através do botão Introduções no menú gráficos. Os dois primeiros gráficos também podem ser obtidos a partir da tabela INTRODUÇÕES, seleccionando uma espécie.

 

Fontes                                       Toda a informação contida nesta tabela foi retirada de mais de 150 referências, como por exemplo, Courtenay and Stauffer  (1984), Silva (1989), Crossman (1991), Holcík (1991), Nelson and Eldredge (1991), Ogutu-Ohwayo (1991), Eldredge (1994), Thys van den Audenaerde (1994), e todos os mencionados acima.

 

Harald Rosenthal do Marine Science Institute, em Kiel possui também uma base de dados com referências anotadas àcerca de transferências de organismos aquáticos, que está a preparar para publicação. Pretendemos colaborar com ele no sentido de que, uma vez publicada, possa ser acessível através da FishBase.

 

Como chegar lá                      Clique o botão Limites na janela ESPÉCIES e o botão Introduções na janela LIMITES. Também pode seleccionar Espécies no Menú Principal, Tópico na janela PROCURAR POR, e Introduções na janela PROCURAR ESPÉCIES POR TÓPICO.

 

Agradecimento                       Queremos agradecer a R. Welcomme da FAO o facto de nos ter cedido o original da base de dados INTRO. Agradecemos a Liza Agustin, anterior membro da equipa da FishBase, a sua colaboração nesta tabela e numa versão anterior deste capítulo.

 

Referências                               Courtenay, Jr., W.R. and J.R. Stauffer, Jr, Editors. 1984. Distribution, biology, and management of exotic fishes. Johns Hopkins University Press, Baltimore, Maryland.

Crossman, E.J. 1991. Introduced freshwater fishes: a review of the North American perspective with emphasis on Canada. Can. J. Fish. Aquat. Sci. 48(Suppl. 1):46-57.

Eldredge, L.G. 1994. Perspectives in aquatic exotic species management in the Pacific Islands. Vol. 1. Introduction of commercially significant aquatic organisms to the Pacific Islands. South Pacific Commission, Noumea, New Caledonia. 127 p.

Holcík, J. 1991. Fish introductions in Europe with particular reference to its central and eastern part. Can. J. Fish. Aquat. Sci. 48(Suppl. 1):13-23.

Nelson, S.G. and L.G. Eldredge. 1991. Distribution and status of introduced cichlid fishes of the genera Oreochromis and Tilapia in the Islands of the South Pacific and Micronesia. Asian Fish. Sci. 4:11-22.

Ogutu-Ohwayo, R. 1991. Fish introductions in Africa and some of their implications. Can. J. Fish. Aquat. Sci. 48(Suppl. 1):8-12.

Por, F.D. 1978. Lessepsian migration. Springer Verlag, Berlin, Heidelberg, and New York. 228 p.

Silva, S.S. 1989. Exotic aquatic organisms in Asia. Proceedings of the Workshop on Introductions of Exotic Aquatic Organisms in Asia. Asian Fish. Soc. Spec. Publ. 3, Asian Fisheries Society, Manila, Philippines. 154 p.

Thys van den Audenaerde, D.F.E. 1994. Introduction of aquatic species into Zambia waters, and their importance for aquaculture and fisheries. Aquaculture for Local Community Development Programme, ALCOM Field Document No. 24, 29 p.

Walford, L. and R. Wicklund. 1973. Contribution to a world-wide inventory of exotic marine and anadromous organisms. FAO Fish. Tech. Pap. 121, 49 p.

Welcomme, R.L. 1988. International introductions of inland aquatic species. FAO Fish. Tech. Pap. 294, 318 p.

Christine Casal e Devin Bartley

 

A Tabela OCORRÊNCIAS

O conhecimento àcerca da distribuição geográfica dos peixes é, em última análise, baseado e limitado a encontros registados entre o Homem e os peixes. Os taxonomistas têm a seu cargo, tradicionalmente, a tarefa de colher, tão exaustivamente quanto possível, as espécies que ocorrem numa dada  área, preservá-las de modo correcto, identificá-las, descrever formalmente as que são novas para a Ciência, depositá-las em Museus para referência e finalmente publicar os resultados de todas estas acções. A importância dum trabalho como este, como condição prévia para o nosso conhecimento da biodiversidade foi sublinhada recentemente (e.g., di Castri & Younès 1994; Froese & Pauly 1994; Froese & Palomares, 1995).

 

Fotografias subaquáticas são aceitáveis como registos de ocorrências

 
Contudo, outro tipo de “encontros” são aceitáveis para registos de ocorrências se puderem ou tiverem sido verificados, ou se a probabilidade de identificação incorrecta for remota. Estes “encontros” podem ser observações de mergulho autónomo, verificados por uma fotografia identificativa ou uma sequência de imagem em vídeo; registo de pesca desportiva verificadas por um especialista e apoiados em fotografias; cruzeiros de investigação onde as capturas são identificadas por especialistas; capturas industriais de espécies que são facilmente identificáveis; ou experiências de marcação com espécies bem conhecidas. A tabela ocorrências está preparada para guardar informação destas diferentes fontes de uma maneira standardizada.A base de dados Observações de Peixes (ver Bases de Dados Nacionais, Froese, neste volume) é um instrumento para registar estes “encontros” e torná-los utilizáveis pela FishBase.

 

Por último, acreditamos que todos os registos de ocorrência de peixes, antigos ou recentes, devem estar acessíveis aos investigadores através da FishBase. A análise destes dados pode melhorar o conhecimento acerca da biogeografia dos peixes. A identificação das áreas com elevada biodiversidade ou endemismos pode ajudar na conservação das espécies. Ao nível nacional permitirá repatriar dados armazenados noutros locais, assistir na avaliação de recursos e ajudar a estabelecer áreas protegidas (Froese e Pauly, 1994).

 

Os registos de ocorrência têm que ser validados

 
Status                                        Hoje em dia, a tabela ocorrências possui mais de 70.000 registos de cerca de 6.200 espécies (veja Fig. 9) tiradas de mais de 200 referências. Incorporámos registos de colecções de peixes do Muséum National d'Histoire Naturelle (MNHN), e do Musée Royal de l'Afrique Centrale (MRAC).

 

Estamos a confrontar os registos de ocorrência do Musée Royal de l'Afrique Centrale (MRAC) com as distribuições geográficas referidas na literatura (veja os passos 8 a 12, abaixo). Estamos também a tentar incluir toda a colecção de dados de peixes do British Natural History Museum (BMNH) e de muitos outros museus.

 

Os dados de ocorrência fornecidos à FishBase são sujeitos a um processo de verificação e validação

 

 
Também foram utilizados registos de ocorrência de outras bases de dados tais como  os registos do Departamento de Zoologia da Universidade da Colômbia Britânica, o catálogo da colecção da Academia das Ciências da Califórnia (CAS), e dados de amostragens nacionais e regionais, por ex. as documentadas por Pauly & Martosubroto (1996), Vakily (1994), e Künzel et al. (1996).

 

Apesar de as fontes referidas acima serem em princípio fiáveis, é necessário verificar a sua qualidade. Os registos de museus, por exemplo, possuem frequentemente erros ortográficos e nomes desactualizados, que tem que ser confrontados e corrigidos com os nomes correctos.

 

Os dados de ocorrência fornecidos à FishBase são sujeitos a um processo de validação (descrito abaixo) antes de serem incorporados na base de dados. O trabalho necessário é variável e depende sobretudo do número de registos e do formato utilizado.

 

Fig. 9. Mapa mundo das locais com colecções de peixes contidas na FishBase. Repare na menor cobertura existente na região norte e centro da  Ásia e na Amazónia.

 

As catorze etapas do procedimento para incluir dados de ocorrência são as seguintes:

 

1.       Importar dados para formato MS Access;

Procedimento com 14 etapas para verificar registos de ocorrências

 
 


2.       Confrontar nomes científicos com a FishBase, utilizando o procedimento para verificação de nomes (neste volume). Caso seja possível, atribuir automaticamente os nomes a espécies válidas da FishBase;

 

3.       Enviar o relatório de sinónimos e erros ortográficos ao fornecedor de dados. Solicitar referências para as espécies ainda não incluídas na FishBase;

 

Para os registos que podem ser automaticamente atribuídos a espécies válidas na FishBase:

 

4.         Confrontar os nomes dos países fornecidos com os nomes dos países da FishBase (NU); , se possível, atribuir automaticamente os nomes fornecidos aos nomes dos países da FishBase;

 

5.         Enviar o relatório dos nomes de países com erros ortográficos, desconhecidos ou em falta ao fornecedor de dados;

 

6.         Confrontar os nomes geográficos com as áreas estatísticas da FAO; se possível, atribuir automaticamente as áreas fornecidas às áreas FAO da FishBase;

 

7.         Enviar relatório aos fornecedores dos nomes geográficos errados, desconhecidos ou em falta;

 

8.         Verificar a ocorrência de espécies atribuídas a áreas FAO: a) comparando com os registos das área FAO dessa espécie na FishBase, b)  caso seja designado um país, verificar se o país pertence à área FAO, e c) caso sejam dadas as coordenadas, verificar se estas correspondem à área FAO indicada;

 

9.         Enviar aos fornecedores de dados um relatório de dados geográficos duvidosos e errados; solicitar referências sobre limites de distribuição;

 

10.     Caso tenha sido designado um país, verificar a ocorrência da espécie no país por a) comparação com os países com registo para essa espécie na FishBase, e b) caso sejam fornecidas as coordenadas, verificar se estas “caem” dentro (dulciaquícolas) ou perto (marinhas) das fronteiras do país;

 

11.    

Registos de ocorrência são comparados com limites de distribuição conhecidos

 
Enviar o relatório de países desingados erroneamente ou de forma duvidosa ao fornecedor de dados; solicitar referências sobre limites de distribuição;

 

12.     Com base nas etapas 8 e 10, atribuir um indicador de qualidade a cada registo, (ver escolhas no campo Validade, abaixo);

 

13.     Apagar todos os registos anteriores prevenientes da fonte em questão;

 

14.     Transferir os dados para a tabela OCORRÊNCIAS com indicação da fonte, pessoa a contactar no fornecedor de dados, e data de transferência para cada registo.

Campos                                    Os campos desta tabela são descritos seguidamente:

 

O nome usado na publicação ou no caso dum especimen dum museu, o nome escrito na etiqueta ou no catálogo é dado como referência. Este nome pode ser diferente (sinónimo ou não correcto) do nome válido na FishBase.

 

Um número de Catálogo ou número de colecção são dados disponíveis. Quando os nomes dos museus estiverem abreviados, o nome completo e o endereço podem ser chamados da tabela GLOSSÁRIO.

 

O campo Fotografia é utilizado quando o registo é documentado por intermédio de uma imagem do peixe. Este pode ser visualizado clicando duas vezes o campo.

 

A informação do local onde o especimen foi recolhido está organizada em vários campos:

 

A Localidade indica o nome do lugar ou da massa de água tal como está na etiqueta ou no catálogo.

 

A Estação dá o nome ou o número de código como foi designado no navio de investigação.

 

Um dicionário geográfico liga os nomes dos locais às respectivas coordenadas. O campo Dicionário Geográfico é uma primeira tentativa de normalizar os nomes dos locais na tabela ocorrência. Até agora só foi preenchida para 2.000 registos. Necessitamos de mais dicionários geográficos, de preferência digitalizados, para alcançar os nossos objectivos.

 

Latitude e longitude são o melhor método para indicar um lugar

 
Latitude e Longitude são certamente o melhor método para descrever um local e são fornecidos sempre que exista o registo. As coordenadas são particularmente úteis porque permitem-nos descortinar rapidamente os locais de ocorrência (ver a secção no WinMap, Coronado e Froese, neste volume).

 

O País e a área FAO são dados como informação adicional para classificar e aceder ao local.

 

Os parâmetros ambientais são descritos pela Altitude, Profundidade, Salinidade e Temperatura.

 

A Data e a Hora e Tempo da captura são fornecidos.

 

Toda a informação sobre o especimen capturado é fornecido nos seguintes campos: Comprimento e tipo de comprimento utilizado (no caso de ser mais do que um especimen é dado o limite), Peso (no caso de vários exemplares é dado o peso médio), Número (dos especimens capturados ou vistos), estádio de vida (ovo; larva; juvenil; adulto; juvenis e adultos) e Sexo (indeterminado, macho, fêmea, ambos).

A abundância duma espécie numa área é reportada

 
 


A quantidade de indivíduos duma espécie na captura total é dada, em peso húmido, na Percentagem da captura.

 

A Abundância é classificada usando cinco graus: abundante (vistos sempre); comum (vistos usualmente); razoavelmente comum (50% de hipóteses de ser visto); ocasional (usualmente não visto); raro (poucas hipóteses de observação).

 

O campo Fundo e Engenho regista o tipo de substracto da  área de captura e o engenho usado respectivamente. Mais informação sobre a captura pode ser obtida no campo Notas.

 

Os campos que identificam os colectores são: Navio (nome do navio oceanográfico que foi usado na expedição), Colector (nome da pessoa que recolheu o especimen), e Identificação (nome da pessoa que o identificou).

 

O campo Tipo fornece o status taxonómico do(s) especimen(s), isto é, holótipo; sintipo; paratipo; lectotipo; cotipo; paralectotipo; neotipo; paratopotipo. O tipo de armazenamento utilizado para o espécimen é identificado no campo Armazenamento.

 

O campo Tipo de Registo destingue as diferentes fontes de informação. Tem as seguintes hipóteses: arrasto; outro método; museu; local onde está o tipo; literatura; recaptura; pescaria; pesca desportiva; outra.

 

O campo Validade refere-se à confiança no registo da ocorrência tendo as seguintes hipóteses: requer confrontação com a  área de distribuição; compatível com a  área de distribuição; duvidosa; fora de  área de distribuição; introduzida; aquacultura ou especimen(s) de aquário.

Planeamos incluir ocorrências ex-situ

 
 


Quando existem dados de captura-recaptura estes são fornecidos com a seguinte informação: Data (captura), Latitude e Longitude (local captura), Comprimento (cm) e Peso (g) do especimen na altura de release.

 

Está planeado adicionar aos campos da tabela OCORRÊNCIAS as coordenadas do museu e mostrar o aquário que possui o especimen e ligar estes registos à WinMap (FishBase e WinMap software, Coronado e Froese, neste volume).

 

Como chegar lá                      Clique o botão Limites na janela ESPÉCIES e o botão Ocorrências na janela LIMITES DE STOCKS. Alternativamente, pode clicar o botão Ocorrências na tabela INFORMAÇÃO PAÍSES. Para aceder à tabela OBSERVAÇÕES EM PEIXES clique o botão Bases de Dados Nacionais no Menu Principal, e o botão Observações em peixes na janela Base de Dados Nacionais.

 

Referências                       di Castri, F. and  T. Younès. 1994. DIVERSITAS: Yesterday, today and a path towards the future. Biol. Int. 29:3-23

Froese, R. and D. Pauly. 1994. A strategy and a structure for a database on aquatic biodiversity, p. 209-220. In J.-L. Wu, Y. Hu, and E.F. Westrum, Jr. (eds.) Data sources in Asian-Oceanic Countries. DSAO, Taipei, 1994. CODATA, Paris.

Froese, R. and M.L.D. Palomares. 1995. FishBase as part of an Oceania biodiversity information system, p. 341-348. In J.E. Maragos, M.N.A. Peterson, L.G. Eldredge, J.E. Bardach and H.F. Takeuchi (eds.) Marine and coastal biodiversity in the tropical island Pacific region. Vol. 1. East-West Center, Honolulu, Hawaii.

Künzel, T., A. Darar and J.M. Vakily. 1996. Composition, Biomasses, et possibilités d'exploitation des ressources halieutiques djiboutiennes. Tome 1: Analyse, 63p. Tome 2: Données. Raport du projet DEP/GTZ. Direction de l'Elevage et des Pêches, Ministère de l'Agriculture et du Développement Rural, Djibouti, et Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit (GTZ) GmbH, Eschborn, F.R. Germany. 296 p.

Pauly, D. and P. Martosubroto, Editors. 1996. Baseline studies of biodiversity: the fish resources of western Indonesia. ICLARM Stud. Rev. 23, 321 p.

Vakily, J.M. 1994. Sierra Leone Fishery Surveys Database System (FiDAS). Vol. 1. User Manual; Vol. 2 Technical Reference Handbook. IMBO, Freetown/ICLARM, Manila.

Rainer Froese, Rodolfo B. Reyes, Jr. e Emily Capuli